quarta-feira, 10 de março de 2010

Gus van Sant

Nascido nos EUA, polêmico e com uma visão diferenciada, assim poderia ser definido o diretor Gus Van Sant. Ele mistura estilo e técnica de um jeito bem peculiar. Sua obra remonta a personagens sociais tidos como excluídos ou margilinalizados. Iniciou sua carreira trabalhando numa agência de publicidade e usou o que ganhou para fazer o filme Mala Noche que contém temas que são usados em muitos de seus trabalhos como a homossexualidade, o posicionamento e uma abordagem do absurdo.
Ele consegue transmitir em seus filmes a particularidade de uma juventude excluída que busca seu espaço, uma juventude que clama por liberdade. Gus Van Sant consegue captar o espírito jovem de forma minuciosa e até mesmo assombrosa. Sua obra é recheada de críticas por ter um conteúdo polêmico, mas isso não o impede de trazer ao público o que a sociedade finge não ver.
Gus Van Sant é ainda alvo de muitas controvérsias. Uns o aprovam, outros o criticam, mas quem disse que se pode agradar a todos? Apesar do que dizem nos anos 90 ele é indicado ao Oscar de melhor diretor por Gênio Indomável (1997), seu primeiro grande sucesso de bilheteria. Em 2003, compõe uma versão devastadora e delicada do vazio da juventude contemporânea em Elefante, baseado no massacre de Columbine, com o qual seria ovacionado em Cannes com os prêmios de melhor filme e melhor diretor.
Marcado por obras de temática homossexual Gus Van Sant está ainda mais maduro e refinado e mantém-se como um dos mais atuantes de sua geração, lançando, ao menos, um filme a cada dois anos. Sua filmagem foge aos clichês e a típica rebeldia revelando temas profundos com forte apelo social. Em resumo, Van Sant é a síntese perfeita entre o cru e o suave de uma juventude que busca ser ouvida.

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